Näo temas, porque eu sou contigo; näo te assombres, porque eu sou teu Deus; eu te fortaleço, e te ajudo, e te sustento com a destra da minha justiça. (Isaias 41.10)


sexta-feira, 18 de novembro de 2011

RJ - Bando praticava golpe do empréstimo por telefone há cinco anos, diz polícia

A quadrilha presa por policiais durante a Operação Hidra nesta quinta-feira atuava há pelo menos cinco anos aplicando golpes de empréstimo por telefone. Ao todo, 17 pessoas foram presas na Baixada Fluminense e no Rio e outras três estão foragidas. Em dois meses de investigação o bando movimentou cerca de R$ 70 mil. Pelo menos 163 pessoas foram vítimas do golpe. João Carlos Moura Filho, apontado por policiais da Delegacia de Defraudações (DDEF) como chefe do esquema, foi preso em casa, no município de Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense.

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João Carlos Moura Filho, apontado pela polícia como chefe do esquema, foi preso em casa | Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

A investigação teve início há cerca de dois meses. Os fraudadores ofereciam empréstimos por telefone sem burocracia. Para receber o dinheiro a vítima era obrigada a fazer um depósitos caução, mas não recebia nem o dinheiro solicitado, nem o valor do depósito. Segundo a polícia, uma das vítimas chegou a depositar, em 22 de julho, R$ 4 mil de taxas. Os acusados fariam parte das falsas empresas Alfa Rio Créditos, Max Créditos, Propercred e Cred Sul.

"A pessoas eram atraídas pelos bandidos pela facilidade oferecida na transação e, desesperadas, acabavam caindo no golpe. É preciso se cercar de todo cuidado ao contrair empréstimos, procurando principalmente contratar este tipo de serviço em estabelecimentos formais e nunca através de pessoa física", disse o delegado Gabriel Ferrando de Almeida, titular da especializada, em entrevista à Bandnews.

Os mandados foram cumpridos na Baixada Fluminense, nos municípios de Nova Iguaçu, Belford Roxo e São João de Meriti e em bairros da capital.

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Foto: Osvaldo Praddo / Agência O Dia

Os mandados de prisão estão em nomes de João Carlos Moura Filho; André da Costa Cezário; Andréa Maria de Fátima Ferreira da Silva; Keila Cristina de Oliveira Mota; Sérgio Pimentel da Silva; Eliane da Silva Lima Duarte; Bianca Rodrigues, Carla Cristine Brito Nascimento; Gisele da Costa Pereira; Rogério Jorge Pimentel; Marcelo Gouveia Teixeira; Alberto Guimarães de Oliveira; Ubiratan Jorge de Matos; Robson da Silva; Júlio Cesar de Lima Castro; Eduardo Veronessi da Silva; Alan Jorge Veras de Oliveira; Maurício Teles e Silva; Alexandre da Silva Vieira e Luciana Andreia Nogueira de Paiva.

Como funcionava o esquema

Durante dois meses a especializada descobriu quatro empresas falsas que prometiam empréstimos, com depósitos na conta em 20 minutos, sem consulta ao SPC e Serasa. As vítimas eram atraídas por anúncios de jornais. No entanto, para que o suposto empréstimo fosse autorizado, o bando exigia vários depósitos de uma mesma vítima. Os valores iam de R$ 155 a R$ 490. Os criminosos alegavam que os valores referentes a taxas como IOF e despesas cartorárias, e outras denominações utilizadas pela quadrilha.

Os valores eram depositado nas contas de pessoas que forneciam suas contas para o esquema, uma espécie de aluguel da conta já que ganhavam um percentual da transação. Após vários depósitos de uma mesma pessoa, um cheque com valor acima do empréstimo pedido, era depositado na conta da vítima que era, então, obrigada a devolver a diferença sem que o cheque fosse compensado, cheque esse conseguido de forma ilícita. Eles atuavam das praças de Nova Iguaçu e Belford Roxo apenas por telefone, sem contato físico com as vítimas

Veja fotos dos presos e dos foragidos

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Polícia divulgou saldo de presos e procurados | Foto: Divulgação

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